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Cinema e TV

“Assassin’s Creed”: filme respeita os games ao máximo, mas se perde no final

É praticamente impossível assistir algum filme baseado em games e não ficar com o pé atrás. São muitos os exemplos que prejudicam as expectativas de qualquer pessoa, gerando desconforto só com o anúncio. O caso de “Assassin’s Creed” era muito promisssor, principalmente pelo elenco afiado. Nomes como Michael Fassbender, Marion Cottilard e Jeremy Irons chamaram minha atenção.

Porém, assim como diversas adaptações que já conhecemos, o blockbuster da Ubisoft sofre para manter o equilíbrio entre um longa metragem e um video game na tela. Mesmo com suas inúmeras referências à franquia original, o filme não se sustenta apenas com suas elaboradas cenas de ação e nos apresenta um desfecho apressado e sofrível.

 

Uma rápida viagem ao passado

 

Assassin’s Creed mostra um enredo inédito, com toda a premissa dos games. Nele, Cal Lynch (Michael Fassbender) é um prisioneiro sentenciado à morte que foi capturado pela misteriosa Abstergo. Uma gigantesca companhia que criou o sistema Animus, capaz de mostrar acontecimentos de séculos passados através da memória genética.

Por isso, a Dra. Sophia Rikkin (Marion Cottilard) – criadora do projeto – utiliza Cal em um experimento para encontrar um poderoso artefato, capaz de controlar civilizações inteiras. O prisioneiro então começa a reviver as lembranças de Aguilar, um guerreiro pertencente ao Credo dos Assassinos que dedicou sua vida para proteger o objeto dos Templários. 

 

 

Como disse no título, toda a essência dos games é mantida de forma primorosa, mas há um grande diferencial no filme que atrapalha o desenrolar da história. Os jogos sempre foram mais focados no passado, mostrando o aprendizado do protagonista enquanto observa as memórias do ancestral. Nos filmes, tentaram fazer algo mesclado demais e o limite de tempo para se contar um enredo no cinema é bem mais curto. Isso acabou atrapalhando até no desenvolvimento de alguns personagens, que ganham relevância sem nem terem seus nomes citados.

O destaque com certeza vai para as cenas de ação, pois tudo, tudo MESMO, remete aos jogos e foi muito empolgante de ver os saltos na telona. Infelizmente a dosagem de ação, apresentação dos personagens e enredo é meio caótica. O que me deixou frustrado como expectador.

Mesmo com problemas notáveis, não tive a sensação de estar assistindo algo terrivelmente ruim, como disseram alguns críticos especializados. O que realmente me deixou incomodado foi o final, que nos apresenta algo muito mastigado e com saltos de tempo absurdos. A impressão que fica é que foram cortadas inúmeras cenas para que a fita não passasse de duas horas de duração, desabando de vez um castelo de cartas que mal se mantinha em pé.

 

Luz no fim do túnel?

 

Com o apelo da marca, um elenco respeitável e cenas de ação memoráveis. É possível que o filme “Assassin’s Creed” consiga faturar o necessário para realizarem uma sequência melhor trabalhada. Já que o desfecho desleixado, mostra a possibilidade da história se estender por mais algum tempo. Isso se não tornar-se obsoleto logo em seu projeto de largada.

 

 

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Angelo Prata

Jornalista apaixonado pela arte do século XXI chamada de videogame. Tentando melhorar a internet um post de cada vez, este sagitariano que vos fala tem dificuldades em escolher um jogo favorito. As séries Super Mario, Resident Evil, Donkey Kong e Mass Effect estão no top da minha lista imaginária e sim, sou fã da Nintendo!
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