Gayme Over

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Há algumas  semanas atrás a série Metal Gear era como caviar para mim, quando vi uma promoção no site da Submarino vendendo a coletânea por apenas 38 dilmas, percebi que era a hora de isso mudar. Era até chato quando meus amigos comentavam o quanto a série era incrível e a única reação que eu podia expressar era sorrir e acenar. Perdi várias referências e piadinhas com o tal “Snake In the box”, mas agora conseguirei correr atrás do tempo perdido. Zerei o título lançado PS1 recentemente e a sensação que tenho agora é: por que demorei tanto?


Logo de início fui pego umas 5 vezes, não sou um bom espião. Não consigo nem stalkear o crush nas mídias sociais que dirá invadir uma base terrorista sorrateiramente. Esse foi um dos fatores que mais me incomodou no game, mas de uma maneira positiva. O jogo me força a ser paciente, a agir com cuidado, a ter uma estratégia. E essa foi uma sensação totalmente nova pra mim, confesso que cheguei ao final morrendo várias vezes – principalmente nas armadilhas – e minha vontade de continuar só aumentava. Um game com a capacidade de te estimular deste modo é raro de encontrar.

 

Eu simplesmente adorei os personagens da trama, todos eles têm sua relevância pois te ajudam de diversas maneiras, além de ter um longo papo com cada um deles, e bota longo nisso! MGS tem as cutscenes mais longas que já vi na vida, por diversas vezes larguei o controle no chão e fiquei assistindo, como se estivesse vendo um filme da franquia Missão Impossível. É algo que eu realmente não estava acostumado, porém, é compreensível. Os dialogos longos servem para substituir os velhos e conhecidos files que complementam a história do jogo, dando uma identidade única para o game. Todos têm um passado, uma história pra contar, isso enriquece o enredo e muda o padrão na hora de apresentar esse  background.

 

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Torturado, sem perder a sensualidade.

 

Solid Snake tem um carisma surreal! É o típico cara que se faz de durão, mas ao conhecê-lo melhor só atrai admiradores. Deu em cima de praticamente todas as mulheres que apareciam na tela ao estilo James Bond de ser, sempre com suas piadinhas sarcásticas e seu rosto mal encarado. Metal Gear consegue se levar a sério sem perder o humor.

O criador da série,Hideo Kojima, fez um trabalho incrível no quesito interatividade. A batalha contra Psycho Mantis e o lance de “ler o meu passado” foi sensacional. Parece algo simples e bobo, mas é muito inesperado para um game, é único! Kojima me tirou da zona de conforto e me fez visualizar de forma nítida o diferencial que os games possuem em relação às outras mídias. O mais surpreendente disso é o fato do game fazer 18 anos em 2016 e mesmo assim ser tão envolvente.

 

Agora posso orgulhosamente afirmar que eu já joguei a obra prima de Kojima e não ficarei no cantinho da disciplina quando o assunto for ação e espionagem tática. Metal Gear Solid acaba de ganhar mais um fã, apesar do meu terrível desempenho como agente secreto, continuarei as aventuras junto ao lendário Solid Snake.

 

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Nada como uma batalha final descamisado pra apimentar as coisas
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Angelo Prata

Jornalista apaixonado pela arte do século XXI chamada de videogame. Tentando melhorar a internet um post de cada vez, este sagitariano que vos fala tem dificuldades em escolher um jogo favorito. As séries Super Mario, Resident Evil, Donkey Kong e Mass Effect estão no top da minha lista imaginária e sim, sou fã da Nintendo!
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