Em 2011, a Nintendo anunciou seu novo console. O grande diferencial do aparelho está no controle com uma tela própria, permitindo que os jogadores o utilizem sem necessidade da TV. A ideia causou um certo alvoroço na comunidade gamer, deixando os fãs à espera por mais novidades, incluindo a mais importante do mercado atual: o potencial do hardware. Novas informações foram divulgadas, porém, não fugia muito do óbvio ou algo que todos já viram em outros consoles das gerações anteriores. Lançado em 2012, o Wii U chegou para saciar a curiosidade dos mais ansiosos.
Neste mesmo ano, a Sony e a Microsoft anunciaram seus respectivos consoles da 8ª geração, deixando a big N com um ano de vantagem para mostrar aos seus fãs e gamers o porquê que deveriam adquirir o Wii U, ao invés do Play Station 4 ou do Xbox One. As third parties deram uma força e relançaram alguns títulos do Play Station 3 e do Xbox 360 para o U, mas a sede por novidades ainda rondava os fãs da gigante dos videogames.
Os títulos relançados não obtiveram o sucesso esperado, fazendo com que as grandes produtoras abandonassem o console rapidamente. Nesse ponto, podemos dizer que é injusto comparar a base instalada de aparelhos lançados há sete anos com outro que está apenas alguns meses no mercado. Com a entrada das concorrentes na nova geração, a Nintendo teve que se virar nos trinta e provar seu potencial mais uma vez.
Um raio não cai três vezes no mesmo lugar
Essa não foi a primeira vez que a Big N lançou um console com um hardware modesto e duas telas (sim, estou falando de vocês Nintendo DS e 3DS), apesar do sucesso de ambos os portáteis, não havia garantia de que funcionaria uma terceira vez. Algumas adaptações deveriam ser feitas por se tratarem de propostas semelhantes e, ao mesmo tempo, diferentes. Podemos usar como exemplo o Mario Kart 8 (Wii U) e o 7 (3DS): no sétimo capítulo da franquia de corrida do bigodudo, a tela auxiliar mostra informações adicionais como o ranking dos corredores, os itens que cada um guardava e a proximidade dos inimigos. Em MK 8, a tela do gamepad é utilizada da mesma forma, o problema é a distância existente entre o televisor e o controle. Se no portátil já era complicado olhar para as informações, no Wii U a coisa fica ainda mais difícil.
Em resumo, no jogo em questão, a tela do gamepad tornou-se praticamente inútil. Há títulos que utilizam o monitor extra do Wii U com primor, tais como Zombi U, Nintendo Land, Super Mario 3D World e Hyrule Warriors (especialmente no multiplayer). Na mesma proporção e medida, existem os games exclusivos que não fazem uso do gamepad da mesma forma. Neste caso, podemos citar Bayonneta 2, Super Smash Bros for Wii U e Donkey Kong Country Tropical Freeze ( nada aparece no gamepad se você decide jogar na TV).
O que esperar do NX?
Com apenas 3 anos de vida, o Wii U tem boas chances de ser descartado pela empresa nipônica. Recentemente, a Nintendo registrou a patente de um novo aparelho que não usa mídia física. Novos rumores foram divulgados agora em setembro pela mesma fonte que vazou a patente, as novas informações citam o NX como uma nova plataforma similar ao Android, IOS e Windows 10. Junto com o sistema serão mostrados dois novos aparelhos, um portátil e um de mesa, tendo o anúncio oficial em junho de 2016 e o lançamento em meados de 2017.
Isso nos faz pensar que o Wii U ainda terá um tempo razoável de vida útil. Mesmo com um forte preconceito em cima do console de mesa atual da Big N, sua biblioteca engloba títulos excelentes, que divertem e proporcionam experiências que só a Nintendo consegue, mesmo que esse catálogo cresça a passos de lesma. Muitos ainda não tiveram a oportunidade de testar esses títulos e outros nem sequer têm conhecimento da existência do Wii U (que ainda é bastante confundido com seu antecessor).
A Nintendo está prestes a trilhar um caminho com duas prováveis saídas: na primeira, se todos os boatos positivos se confirmarem, ela pode voltar ao topo e reassumir a liderança; o segundo, com uma perspectiva negativa, pode colocá-la novamente na terceira posição, se caso os rumores se mostrarem falsos e se a Nintendo permanecer com atitudes obsoletas em comparação com as demais desenvolvedoras.
Run bitch, run!
Angelo Prata
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