Já falamos aqui no blog como foi experimentar o óculos de realidade virtual no PC com o game “The Unspoken”. Agora, depois de sofrer muito para conseguir a tão cobiçada senha para testar o modelo da Sony, podemos dizer quais foram nossas impressões sobre essa nova mania que está tomando conta dos games atualmente. Batizado de PlayStation VR (antes seu codinome era Project Morpheus) o novo acessório promete elevar a imersão nos games introduzindo o jogador no mundo da realidade virtual.
O PS VR era o carro chefe da Sony este ano, todo mundo queria testar e para isso era necessário chegar pelo menos duas horas antes do inicio da feira para pegar um bom lugar na fila e correr para o estande do PlayStation. Os primeiros a chegar já poderiam testar os óculos de primeira, mas os outros deveriam pegar uma senha com horário específico e por isso muita gente que chegou tarde perdeu a oportunidade utilizar o novo acessório.
Depois de algumas tentativas fracassadas, somente no último dia consegui um horário para utilizar o VR e a ansiedade estava nas alturas. O que eu não esperava era uma demo com alguns problemas graves que atrapalharam minha experiência e causou uma primeira impressão ruim.
Visual não impressiona
Uma das principais características negativas, tanto no VR do PlayStation quanto no Oculus Rift do PC, é que existe uma queda na qualidade gráfica considerável. O mais provável é que o aparelho exija demais do console e isso cause essa perda no visual, pois na TV não percebe-se que o jogo está tão serrilhado, já que de acordo com a ficha técnica do PS VR ele suporta até 120 frames por segundo. Além de decepcionar esse problema prejudica a imersão, já que estamos na geração visual, com gráficos cada vez mais realistas e surreais.
É importante ressaltar que novas tecnologias tendem a apresentar problemas desse tipo, já que os próprios desenvolvedores estão aprendendo a lidar com essa novidade. Como exemplo podemos usar os jogos do PS3 que saíram logo no lançamento do console e os games do final da geração, há uma diferença considerável na qualidade.
O ‘bom’ e velho bug
O estande disponibilizava vários títulos, entre eles: “Wayward Sky”, “Headmaster”, “Until Dawn: Rush of Blood” e “Rigs”. No caso eu joguei um game espacial “Scavengers Odyssey”, que estará incluído no pack de mini games “VR Worlds”. No gameplay eu estava em frente à um tipo de espaço nave abandonada, tendo que direcionar o olhar para onde queria pular e saltava com o botão L2. Quase todas as vezes que tentei pular havia um delay de uns dois segundos, até pensei que deveria apertar de novo porque estava fazendo algo errado.
Ao entrar na nave, fui atacado por criaturas verdes que pareciam lesmas e precisava olhar para os monstros e atirar. O problema foi que eu tentava avançar e virar, mas o personagem não se mexia. Sem citar as voltas de 360 graus que ele dava quando queria virar somente 90.
Depois que terminei de jogar o rapaz que fica nos ajudando perguntou o que achei da experiência (foi o único da feira toda que perguntou isso) e comentei os problemas que tive. Ele respondeu que isso não tinha acontecido antes e que eu poderia ter reiniciado o jogo se eu tivesse avisado – com esse comentário tive a certeza de que ele não estava me olhando jogar, mas tudo bem – depois questionei se o game estava em fase de testes e ele disse que está prestes a ser lançado! Tomara mesmo que isso tenha ocorrido só comigo, porque se não já podem esperar o one day patch
Imersão Divertida
Mesmo com esses probleminhas, a experiência foi totalmente válida. O sentimento de estar dentro do jogo é sem igual, podendo proporcionar sensações e games únicos. Sem contar as belas risadas de ver os amigos jogando os games de terror, dá pra imaginar? Outro problema é que essa diversão vai sair bem cara! O aparelho custa literalmente o preço do console, US$ 400. Adicione alguns impostos e a chance do preço no Brasil ser igual ao do PS4 no lançamento é gritante. O Playstation VR chega ao Estados Unidos em 13 de outubro deste ano. Em entrevista para a IGN o diretor sênior da PlayStation América Latina disse que pode chegar no BR em abril de 2017
A realidade virtual chegou, e assim como os sensores de movimento do Wii Remote, trará uma enorme gama de jogadores casuais junto com a dúvida: será que cairá no esquecimento tão rápido quanto a novidade de 2006?
Angelo Prata
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