Gayme Over

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Nhaí gaymers, turu bom?

 

O próximo GaymerCast já está no forno e, enquanto ele não sai, gostaria de bater um papo com vocês sobre o mercado nacional de joguinhos. Sabemos que aqui no Brasil o pessoal não dá muito valor ao que produzimos. Isso vale para muitas coisas, com exceção da comida (viva ao açaí). A questão é que já está na hora de superarmos esse preconceito bobo, não acham?

Nos últimos anos joguei alguns títulos nacionais excelentes, mesmo que não tenham o orçamento dos jogos AAA. De vez em quando é importante olharmos para as pequenas produtoras, podemos encontrar verdadeiras pérolas que deixamos de lado por puro desdém. Isso vale tanto para os jogadores casuais quanto os hardcore, é possível encontrar títulos surpreendentes para todos os gostos.

 

Independência e sucesso

 

Confesso que eu particularmente não sou o maior expert no assunto, mas recentemente encontrei alguns jogos que me impressionaram – tanto por criatividade quanto pela simplicidade – e que normalmente ficam de fora da nossa lista de compras. Os eventos de games são oportunidades ótimas para encontrar esses tesouros. Aqui por São Paulo, os mais famosos são o Brasil Game Show (BGS) e o Brazil’s Independent Games Festival (BIG).

Entre os estandes glamorosos das grandes produtoras, a BGS tem um espaço com vários desenvolvedores nacionais, que aproveitam a oportunidade para mostrarem seus produtos. Foi lá que conheci o já citado Trajes Fatais, game de luta 2D que mistura uma jogabilidade bem fluida com várias características BR (isso inclui personagens, história e até memes escondidos pelo cenário). Já o hilário Galaxy of Pen and Paper foi uma verdadeira surpresa para mim, com um enredo que parte da imaginação de três crianças brincando no quarto.

 

 

Recentemente, pude jogar o impressionante Dandara. Jogo que faz referência à várias figuras importantes da nossa história, como a própria protagonista (baseada na esposa do Zumbi dos Palmares) e Tarsila do Amaral (artista do movimento modernista). No melhor estilo “metroidvania”, o game prende a atenção por sua bela animação e jogabilidade desafiadora. Só é possível se movimentar para pontos específicos do cenário, saltando de um local para outro, aumentando o desafio de forma considerável.

Esses são só alguns exemplos, mas você com certeza poderá encontrar mais em uma rápida pesquisa pela internet. Verifique também se existem eventos similares em sua cidade, alguns são gratuitos e é uma oportunidade de testá-los antes do lançamento. Outra coisa importante é o apoio que esses desenvolvedores precisam, tanto financeiro quanto de divulgação. Se não puder apoiar um projeto financeiramente, compartilhe com amigos esses trabalhos para que saiam do papel.

Agora eu gostaria de saber de vocês: e aí? Já jogou um game brasileiro hoje?

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Angelo Prata

Jornalista apaixonado pela arte do século XXI chamada de videogame. Tentando melhorar a internet um post de cada vez, este sagitariano que vos fala tem dificuldades em escolher um jogo favorito. As séries Super Mario, Resident Evil, Donkey Kong e Mass Effect estão no top da minha lista imaginária e sim, sou fã da Nintendo!
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