REVIEW - Elden Ring e seu mundo aberto como deve ser

Elden Ring é o novo jogo de ação e aventura da FromSoftwre em sua essência, ou seja, você vai amar e odiar em segundos durante toda sua jornada que com certeza vai gerar 100 horas de gameplay sem perceber, mas ao mesmo tempo é o jogo mais convidativo da empresa para quem não está habituado com os jogos do Miyazaki

Assim como todos os jogos da produtora, no início temos a personalização de personagem que é um dos pontos altos, pois é tudo muito bem detalhado a ponto de gerar diversos trabalhos pela internet dos jogadores reproduzindo personagens famosos de outros jogos. Em seguida temos um breve tutorial com apenas os comandos mais básicos do título e já somos jogados no mundo de Limgrave. Algo semelhante ao que vemos em Breath of The Wild, então estamos acostumados.

Temos uma introdução muito breve à toda mitologia e história que nosso herói aqui chamado de Maculado é inserido, mitologia e enredo realizados pelo George R. R. Martin e pelo próprio Miyazaki.

Gameplay

Para os habituados com os jogos anteriores da produtora não há mistérios nesse ponto, no começo você escolherá a classe do seu personagem, são 10 opções no total para serem selecionadas para começar a aventura. Cada uma com seus status, prós e contras. Com certeza algum vai acabar agradando mais, seja você fã de combate a distância, corpo a corpo, armas brancas, etc.

Seu personagem tem uma seleção de armas primárias e secundárias além de alguns itens que podem auxiliar, como bombas e facas.

A princípio pode assustar pra quem sempre ouviu falar da série souls por ter uma dificuldade elevada e, em Elden Ring, isso permanece. Todos os elementos de souls estão aqui a dificuldade, chefes gigantes que assustam, mortes para inimigos simples, perda de experiência (aqui chamada de Runas), dentre outras. Porém, aqui temos melhorias que os próprios produtores perceberam a necessidade como checkpoints menos espaçados e inimigos um pouco mais equilibrados. Apesar que, eventualmente, caso seja descuidado, morrerá para o inimigo mas simples que possa imaginar.

Como estamos em um mundo aberto, que por sinal é bem grande, porem aqui é muito bem realizado, em todo canto que você passa algo acontece. Pode ser um inimigo mais forte, uma caverna, uma dungeon extra ou um NPC com uma sidequest, sendo assim não temos aquela impressão de que estamos apenas andando sem fazer nada relevante, como geralmente acontece em jogos de mundo aberto

Gráficos

A direção de arte do jogo é realmente algo de se aplaudir, pra quem é fã das obras de George R. R. Martin vai notar sua influência aqui. Temos Castelos, igrejas e lugares bem parecidos com os apresentados por ele anteriormente, e bem familiares também nos jogos da FromSoftware. Essa direção de arte deu uma maquiada nos gráficos que não estão compatíveis com a geração PS5 e Xbox Series, porém, não é algo que incomode, pois a arte do jogo compensa e muito esse ponto.

Joguei a versão de PS4, entretanto a diferença para o PS5 não é tão considerável. Uma característica bem impactante é o carregamento dos loadings que, apesar de não ser tão longo no PS4, ao jogar a versão de PS5 a diferença é bem considerável.

Os designs dos inimigos são um ponto alto também, tendo alguns bem memoráveis o que hoje em dia é cada vez mais difícil de se achar.

História

No mundo de Elden Ring, estamos nas Terras Intermédias que são abençoadas pelo Anel Pristimo (tradução de Elden Ring), e por um arvore gigante Erdtree da qual é o símbolo do anel que deu graça a todas as pessoas da terra.

Basicamente é isso que é apresentado ao jogador, todo o lore do game e o desenvolvimento de tudo no jogo é contado com o próprio gameplay e através dos diálogos que temos ao decorrer da jogatina. A princípio, pra quem não está acostumado, pode se sentir perdido ou sem entender o que está acontecendo, mas calma! Aqui tudo é no seu tempo e quando menos espera o jogo te apresenta algo, ou alguém, que conta a historia dele e do mundo fazendo com que se localize no enredo.

O jogo a todo momento te instiga para a exploração — você chega em um ponto de benção que nada mais é que a fogueira do Dark Souls — onde podemos subir o nível do personagem, trocar encantamentos dentre outras coisas, automaticamente ele lhe mostrará um caminho a ser seguido sendo a parte principal da história, ou não, e acredite isso te convence logo no início.

Conclusão

Elden Ring pega toda a identidade criada pela equipe da FromSoftware e a “populariza” deixando mais convidativa ao público gamer geral. Tanto é verdade que o jogo já vendeu mais de 12 milhões de cópias praticamente no mês do lançamento, se tornando o jogo mais vendido da empresa.

O hype aqui é real mesmo, o jogo é viciante e surpreendente, a todo momento somos surpreendidos com um inimigo que nos instiga a vencer, um dragão que chega voando do nada ou uma caverna completamente fora do seu plano que nos chama para explora-la. Tudo te recompensa muito bem ou faz com que encontre um NPC com uma história extremamente interessante.

No começo pode parecer que está perdido ou que não está avançando, mas isso é bem momentâneo. Assim que conseguir matar um boss que você já morreu para ele 35 vezes ( e isso não é um número aleatório), é tão compensador que você não quer parar de jogar. Eu cheguei em 120 horas de jogo sem ao menos terminar a história principal, devido ao tanto de segredos e lugares que o jogo te leva à explorar.

Elden Ring nos apresenta um mundo aberto inesquecível, o que hoje em dia é algo memorável visto que estamos em um momento em que títulos de mundo aberto são quase que uma regra, ainda assim, na maioria das vezes são apresentandos bem porcamente. Com um gameplay menos travado que os demais jogos do gênero, a adição do cavalo para locomoção e combate é realmente de se admirar na obra de Miyazaki e George Martin.

Elden ring esta disponível para PlayStation 4 e 5, Xbox One, Series e PC. Esse review foi realizado no PS4 Slim com uma cópia cedida pela Bandai Namco.