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Reviews

God of War Ragnarok, ensina como encerrar uma saga de forma grandiosa

Em 9 de novembro de 2022 a Sony lança a tão esperada sequência de God of War lançado em 2018, na qual prometem ser o encerramento de Kratos na mitologia Nórdica, recebemos o game de forma antecipada pela produtora e apresentaremos um review sobre minha experiência e, claro, sem Spoilers.

História

Iniciando 3 anos após o jogo anterior, onde já estamos no fimbulwinter que é período que antecede ao Ragnarok segundo a mitologia. Vemos Atreus um pouco mais velho e bem mais treinado e entendendo melhor suas habilidades. Entretanto, ainda se questionando sobre sua origem e destino, ponto este que é muito explorado durante o game, questionamentos como se realmente existe um destino traçado ou fazemos nosso próprio caminho de acordo com nossas escolhas?

Diferente da saga grega, aqui temos um desenvolvimento de Kratos de forma nunca vista, onde o mesmo se questiona por diversas vezes sobre suas ações, além de claramente apresentar um amadurecimento após sua ida para Midgard. O personagem mostra que aprendeu muito com a chegada do seu filho, então pode parecer estranho para quem é muito fã da saga principal em alguns momentos, mas é apenas uma evolução natural do que nos foi apresentado no jogo de 2018 e que foi extremamente bem-vindo.

Em GOW Ragnarok temos como objetivo impedir o Ragnarok que ira destruir todos os reinos com exceção de Asgard, onde vive o Odin, que aqui é apresentado de uma forma espetacular, onde em grande parte do jogo faz com que questionemos até onde Kratos está correto. Existe apenas um lado bom e um ruim ? Ou seriam todos bons e ruins ao mesmo tempo durante sua existência?

Todos os personagens famosos do jogo anterior retornam como Freya, os irmãos ferreiros Brok e Sindri, o conselheiro de viagens Mimir, além de uma gama muito interessante de novos rostos que nos acompanham em nossa jornada ativamente, como Angrboda, ou apenas nos direcionando as novas explorações como o esquilo Ratatosk.

O game tem uma narrativa extremamente bem feita, épica, cheia de reviravoltas e revelações apresentadas em um timing quase que perfeito, não deixando em nenhum momento o jogador entediado, mesmo em missões secundárias. Porém, ainda não é perfeita ao ponto de sanar todas as dúvidas e encerra esta parte da história com diversas pontas soltas, principalmente sobre o tempo antes da chegada do Atreus.

Conforme mencionei, somos apresentados a diversos personagens novos da mitologia nórdica, além do retorno de alguns já conhecidos vou citar dois dos meus preferidos no sentido do desenvolvimento e apresentação.

Thor

Filho de Odin que deu o ar da graça logo no primeiro game com apenas um preview de sua aparição. Aqui é colocado de uma forma extremamente interessante, traçando vários paralelos principalmente com Kratos em vários momentos, justificando suas ações de forma muito similar ao que já vimos nos jogos anteriores referentes as ações do Deus da Guerra.

Angrboda

Essa sem duvidas é uma das personagens novas que mais gostei nesse game. Ela é apresentada em um momento de caos entre Kratos e Atreus, fazendo por um momento inicial faz com que esqueçamos que estamos em meio a uma guerra. É ela também quem nos responde várias questões da história, uma vez que é uma gigante até então desconhecida pelos personagens.

Cabe ressaltar aqui que todos os personagens tem seus arcos muito bem apresentados, os antigos com encerramentos dignos e os novos com desenvolvimentos bem satisfatórios. Sendo assim é seguro dizer que este game é de longe o melhor da franquia até momento, seja em narrativa ou em desenvolvimento e apresentação de personagens, todos extremamente carismáticos e bem construídos.

Jogabilidade e exploração

Conforme mencionei, estamos no Fimbulwinter e todos os reinos são afetados por isso. Conforme já havia sido informando pela Santa Monica, exploramos os 9 reinos que regem este universo, e cada um com sua história, dilema e problemas a serem resolvidos. Outro ponto alto aqui é que a história deles não é somente contada pelo nosso companheiro Mimir, como também é vista através do cenário e isso é muito bem colocado. Vemos não só que o estrago que o Fimbulwinter causou em cada reino foi diferente, como também de que forma aquele lugar está sobrevivendo e se preparando para o grande Ragnarok.

Temos aqui então uma variedade de cenários muito satisfatória, desde lugares completamente congelados e inabitáveis até grandes florestas que, mesmo afetadas, bem habitadas com uma grande diversidade de fauna e flora.

Para quem rejogou o game de 2018 ou está com ele fresco na memória alguns dos lugares são extremamente familiares, porém com novidades. Sendo possível reconhecermos alguns cenários, além de explorarmos novos ambientes daqueles reinos em maior escala. Como um todo o mapa é bem maior do que o anterior, fica apenas um ponto negativo sobre o mesmo que é meio confuso (o que já era no jogo anterior), mas como aqui todos os reinos são maiores, fica mais evidente, às vezes é difícil entender de que forma chegamos em determinado ponto.

No combate temos um refinamento bem notável, além de mais variedade de armas e habilidades, novas opções de armaduras e acessórios tanto pra Kratos quanto para Atreus, ainda que de forma um pouco mais reduzida para o garoto. Aiinda assim, as mudanças referentes ao menino foram super bem-vindas, vez que o filho do Deus da Guerra é jogável em diversos momentos chave da história trazendo ainda mais frescor para os combates.

Ainda temos o Machado Leviatã e as famosas Lâminas do Caos de Kratos. O escudo tem um upgrade muito considerável, tendo sua função ainda mais essencial nos combate com personalizações para diferentes tipos de abordagem aos inimigos, podendo assim levar o jogador um gameplay muito variado, além de novas armas. Já com Atreus temos seu arco que ele usa tanto para combate Leviatan à distância quando corpo a corpo.

Resumindo tudo que temos no game anterior aqui é elevado 2, 3, 4 vezes mais então não se preocupe. Não é apenas um copia e cola do primeiro jogo e isso tudo é apresentado ao jogador em um ritmo ótimo, onde sempre temos algo novo pra dominar, seja uma habilidade para combos novos ou um escudo que serve pra atacar mais do que apenas defender.

Além das armas e habilidades o jogo dispõe uma variedade muito boa de equipamento para Kratos, com habilidades únicas dependendo da forma que o jogador vai querer seguir no game.

Conclusão

God of War Ragnarok é a sequência que esperávamos em nível e amplitude, com um visual incrível que promete ocupar o jogador não somente com a conclusão da saga de Odin como também dar pequenos insights de um possível próximo titulo da série. Com um gameplay atrativo para vários estilos de jogadores, um história incrivelmente detalhada e muito mais muito conteúdo a se fazer, muito foi falado que o jogo seria mais como uma DLC do jogo de 2018 e posso descordar com propriedade. Só o pós game e as missões secundárias já são um show a parte, além disso o jogo tem novas mecânicas, armas, opções de gameplays e a oportunidade de jogar com Atreus que por si só já é uma alteração muito bem feita e cuidadosamente planejada.

Pode ser que ao terminar algumas das suas perguntas não sejam respondidas, mas em grande parte elas são. Além trazer ainda mais profundidade aos personagens, principalmente ao Kratos e um vislumbre do tipo de personagem que Atreus venha a se tornar no futuro.

O jogo foi testado em um PS4 Slim de forma antecipada, com cópia cedida pela PlayStation Brasil, e também estará disponível para PS5 a partir de 9 de novembro de 2022

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Denistevens

Publicitario, DJ e Gaymer que ama até demais Final Fantasy e RPGs Psn - denistevens2 / denistevensps4
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