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REVIEW: Gotham Knights e a promessa de agradar os fãs da série Arkham

Desenvolvido pela WB Games Montréal, e lançado em 25 de Outubro, Gotham Knights vem com a promessa de matar a saudade de quem é fã da série Arkham em seus sucessos e falhas.

História

Ao contrário dos jogos anteriores ambientados em Gotham, produzidos pela Rodcksteady, onde o personagem principal era o herói morcego, aqui jogamos com o legado do mesmo. Logo no primeiro minuto do jogo temos uma incrível cena de luta, na qual vemos como resultado a morte de Batman. Após o ocorrido, somos apresentados aos 4 heróis do game: Batgirl, Asa Noturna, Robin e Capuz Vermelho, que agora precisam limpar o nome dos vigilantes da cidade, além de proteger a metrópole que agora não conta mais com os heróis do passado.

Tá, então não teremos mais jogos com o Batman? Eventualmente sim! Logo ao ser anunciado, a produtora tranquilizou todos os fãs informando que este game se passa em uma realidade que desconsidera toda a saga de jogos anteriores da Rocksteady. Dito isso, temos aqui uma Gotham extremamente fidedigna ao que é apresentado nas obras do Bob Kane, além de algumas novidades.

Logo no início do game somos apresentados ao grande mistério que rondara o decorrer do modo história do jogo onde aqui além de vários personagens conhecidos, como o Pinguim e Arlequina, temos a famosa corte das corujas, uma organização mais antiga que a própria cidade, e cabe aos 4 pupilos do homem morcego desvendar os mistérios dessa organização bem como impedir os crimes cometidos por ela.

Aqui temos um enredo bem construído, com algumas pequenas falhas e um alongamento desnecessário, mas cumpre seu papel, apresenta excelentes vilões, excelentes lutas, dramas individuais de cada herói — que é até bem explorado aqui e mostra uma individualidade bem competente de cada um—, principalmente ao lidar com o luto e seus dramas internos, com certeza com algum dos 4 protagonistas o jogador vai se identificar em alguma situação.

Além disso, Ghotam é uma cidade extremamente viva e caótica com crimes acontecendo a todo momento, além de antigos amigos eventualmente solicitando auxilio da Bat-Familia para uma missão de resgate, investigação, intercepção e etc.

Gameplay

Aqui talvez seja o ponto mais controverso do game, quem é fã dos jogos do Batman dos últimos tempos, vai estar em casa, os personagens tem seus pontos fracos e fortes bem definidos, habilidades que os diferenciam de forma bem feita, tudo muito familiar, porém aqui temos um viés bem mais forte pro RPG onde temos uma árvore de habilidades em versão mais tímida, mas está lá.

Também temos customizações de uniformes e armas em uma variedade bem grande, podendo deixar os heróis únicos, além disso existe um sistema de farm de itens que você vai acumular durante as missões principais e secundarias que servirá para forjar novas armas e trajes, alguns desbloqueáveis com missões especificas, ou apenas no decorrer da jogatina.

Como mencionado, cada herói possui uma árvore de habilidades únicas, assim como habilidades especiais que aqui é chamada de “habilidades de impulso”, do qual vai dar ao jogar uma variedade bem divertida de gameplay. Esse impulso deixa bem óbvio o papel de cada um, como por exemplo, o Capuz Vermelho é o tanque do time, enquanto a Batgirl e o Robin se dão muito melhor de formas furtivas e isso é um ponto muito positivo a ser levantado.

Além do fato de não importar com quem você decide jogar, seja com apenas um ou intercalando entre os 4, visto que toda a experiência adquirida é repassada aos demais, e com acaba lhe convencendo a pelo menos testar todos os personagens por períodos maiores.

Ao percorrer a cidade de Gotham iremos nos deparar com diversos crimes acontecendo, que irão gerar as missões secundárias do jogo e assim prolongando o gameplay. Entretanto, vai se tornar cansativo de forma um pouco mais rápida do que eu esperava, vez que a inteligência artificial da maioria dos inimigos continua praticamente a mesma de Batman: Arkham Asylum. Com isso quero dizer extremamente baixa e bugada em muitos momento, onde o inimigo literalmente do lado não sente a presença do herói derrotando o companheiro.

Porém, de modo geral as missões são divertidas, a cidade é bem instigante de se explorar e temos vários lugares que explicam da história e backlog dos personagens do game e das HQs, além de vários fanservices espalhados.

Resumo

Gotham Knights entrega um frescor em jogos de heróis que atualmente é uma estrada de muitos altos e baixo (mais baixos que altos) com um gameplay divertido, uma jogatina cooperativa onde é possível explorar Gotham em até 2 jogadores, uma historia principal bem construída, uma cidade que instiga o jogador, personagens bem construídos e desenvolvidos individualmente.

Ainda assim, infelizmente, cai nos mesmos vícios e problemas dos jogos anteriores como no caso da inteligência a artificial ridícula, missões segundarias extremamente fracas e repetitivas — com exceção do boss final que é bem desafiador—, além de gráficos que não justificam o jogo não ter saído para as gerações anteriores (PS4 e Xbox One). Tendo em vista que não se aproveita de nenhum recurso disponível na nova geração, além das telas de loading com carregamentos extremamente rápidos por conta do SSD.

O game foi testado no Xbox Series S, por meio de uma cópia cedida pela Warner Bros. Brasil. Gotham Knights já está disponível para PS5, Xbox Series e PC.

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Denistevens

Publicitario, DJ e Gaymer que ama até demais Final Fantasy e RPGs Psn - denistevens2 / denistevensps4
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