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Cinema e TV

“Resident Evil 6: O Capítulo Final” é uma salada mista divertida

Como disse na última edição do GaymerCast, minhas expectativas para o Capítulo Final estavam bem baixas. Então, eu simplesmente desliguei o cérebro e fui com a intenção de me divertir, simples assim. Nada de exigir enredos elaborados ou um desfecho que (por um milagre) conseguisse tapar todas as crateras da franquia. E essa foi exatamente a sensação que tive, com cenas de ação frenéticas e a Alice mais humanizada da série, consegui completar meu objetivo.

Os fãs dos longas vão adorar, já os fãs dos games nem tanto. É até difícil de decifrar o enigma que se tornou a mente de Paul Anderson quando o assunto é a história de Resident Evil. E essa foi a única maneira que encontrei para aceitar todas as explicações dadas no suposto fim da franquia no cinema.

 

Ignore quase tudo e termine com isso logo

 

O capítulo final se inicia algumas semanas após o quinto filme. Em Washington, vemos uma Alice simplesmente sobrevivendo nos destroços do mundo. Nada de correr atrás de sobreviventes ou ir em busca de uma cura. Ela recebe uma mensagem da Rainha Vermelha (Ever Gabo, filha de Paul e Milla) dizendo que as últimas colônias de humanos irão cair em 48 horas, e Alice é a única que pode impedir. Porém, para realizar tal tarefa ela deve voltar a Raccoon City. Local onde existe um anti-vírus capaz de destruir qualquer coisa infectada pelo T-vírus.

É com essa premissa que Paulzinho nos leva até o início de tudo, recontando de forma alterada diversas partes da história que ele mesmo criou. A pressa para acabar também fica evidente, já que cenas de ação bem elaboradas são mais eficientes com o público do que tentar resolver todos os problemas que um planejamento mal feito apresenta. A estética amadureceu bastante, com cenários realmente desertos e uma personagem que, mesmo mantendo seu lado badass, apresenta uma humanidade considerável.

O orçamento arrojado também ajuda, com criaturas imensas e os melhores efeitos visuais de toda a franquia. O que incomoda é o corte de câmera durante os combates, deixando o espectador sem entender direito o que está acontecendo. Os personagens do game continuam descaracterizados, o que não é nenhuma surpresa. Destaque para a depreciação de Albert Wesker que foi o vilão principal dos dois primeiros filmes da segunda trilogia.

 

Tudo (ironia) se encaixa

 

Assim como disse nu último podcast, Paul Anderson conseguiu um feito histórico. Criar a maior e mais bem sucedida adaptação de um game para o cinema. Isso não quer dizer que sacrifícios não foram feitos entre os enredos dos jogos e dos filmes, assim como em qualquer outro tipo de adaptação, mas os fãs devem se perguntar se realmente todo esse esforço para mesclar ambas as mídias valeu a pena.

Fico imaginando se desde o início, não seria mais fácil para todos se Paul Anderson simplesmente deixasse os games de lado. Assumindo uma identidade própria, sem ligação com os jogos. Enfim, o que está feito está feito e os haters podem descansar em paz pois não terão mais a Alice para reclamar, pelo menos por enquanto.

Resident Evil 6: O Capítulo Final estreia no Brasil dia 26 de janeiro.

 

Se você achar a crítica meio vaga, este meme te explicará melhor o que foi assistir o Capítulo Final:

 

 

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Angelo Prata

Jornalista apaixonado pela arte do século XXI chamada de videogame. Tentando melhorar a internet um post de cada vez, este sagitariano que vos fala tem dificuldades em escolher um jogo favorito. As séries Super Mario, Resident Evil, Donkey Kong e Mass Effect estão no top da minha lista imaginária e sim, sou fã da Nintendo!

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